Construindo casas inteligentes: tecnologia e sustentabilidade nos lares
Cada vez mais, temos opções para ter uma casa moderna e com menos riscos ambientais. Aumentar a segurança da sua residência, otimizar gastos com energia ou até mesmo controlar as luzes pelo celular são algumas possibilidades que já são realidade. Veja como aplicar automação residencial nos seus projetos!
Com o avanço da tecnologia, é normal que ferramentas inovadoras se tornem cada vez mais acessíveis. E não poderia ser diferente com a automação de residências. Hoje, adotar medidas para transformar uma casa em um ambiente inteligente não é mais um luxo para pessoas com muito dinheiro ou uma coisa do futuro.
Esse recurso está disponível para uma parcela maior da população e virou preferência entre os jovens — principalmente aqueles que já não moram com os pais.
Tecnologias de automação podem ter diferentes funções em uma residência, tais como melhorar a segurança, otimizar o gasto de energia e criar soluções sustentáveis. Neste post, vamos falar sobre como essas ferramentas são usadas para facilitar o dia a dia dos moradores e de outras pessoas que utilizam o espaço.
Aqui, você encontra informações e exemplos de como utilizar a automação em seus projetos, a fim de simplificar a vida dos usuários, economizar energia, aumentar a segurança e ainda deixar a moradia sustentável.
O conceito de casas inteligentes
"A definição de casa inteligente é muito vasta e pode ser interpretada de várias formas. Mas, em geral, é um ambiente no qual a tecnologia e o design se unem para resolver problemas e tornar o cotidiano mais prático, além de colaborar para uma construção sustentável."
A automação é capaz de realizar tarefas simples — como ligar e desligar eletrodomésticos usando o celular — ou complexas, como programar um conjunto de ações que fazem da casa um ambiente prático e confortável. Essas funções podem ser acionadas imediatamente por meio do smartphoneou programadas com antecedência para acontecerem sempre no mesmo horário todos os dias.
Esse conceito, que há poucos anos parecia distante, atualmente é realidade para muitas pessoas, porque o preço da tecnologia usada na automação está caindo aos poucos. Se esse recurso era quase inexistente há algumas décadas, hoje R$ 10 mil são suficientes para automatizar grande parte da casa.
É claro que esse valor e a acessibilidade são relativos, mas é possível conviver com casas inteligentes com cada vez mais frequência. E seria ótimo se essa tecnologia fosse mais usada em prédios do governo, a fim de economizar energia e proporcionar melhores locais de trabalho para os funcionários.
Porém, é difícil que esse tipo de construção seja feita com dinheiro público, já que requer um grande investimento que só traz benefícios palpáveis no longo prazo.
Construções que contam com essa tecnologia economizam energia, são mais seguras e interativas, facilitando pequenas tarefas do dia a dia.
O projeto de automação de uma residência tem que acompanhar o estilo de vida das pessoas que moram nela, por isso é importante ter uma interface amigável e responsiva, de fácil utilização e que se adapte em diferentes suportes, como smartphones e tablets.
É possível ainda que uma moradia tenha vários sistemas automatizados, mas que não são compatíveis ou não estão integrados. Para isso, existem profissionais especializados em fazer a ligação de todos esses recursos.
Algumas empresas investem em projetos ineligentes e sustentáveis para construir seus escritórios ou pequenas áreas dedicadas aos funcionários. Essas iniciativas são muito importantes para mostrar que a tecnologia é acessível e as construções são possíveis.
Um exemplo de prédio com diferentes sistemas de automação voltados especificamente para a sustentabilidade é o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Seu teto é feito com placas fotovoltaicas que se movimentam conforme o sol se desloca, para usar a luz solar ao máximo. A água usada no sistema de refrigeração do prédio é coletada da Baía de Guanabara, filtrada e depois devolvida limpa para o mar.
Cada vez mais prédios grandes vêm sendo projetados com essa preocupação de facilitar a vida das pessoas que vão usar o lugar, e também de poupar os recursos não renováveis do planeta.
Automação que gera economia
À primeira vista, a automação parece uma medida muito cara e pouco prática. Porém, devemos ter em mente que ela é responsável por uma grande economia em longo prazo — seja financeira ou de tempo para os moradores, que podem se concentrar em tarefas mais importantes.
Sensores de presença que permitem ligar e desligar as luzes de corredores e escadas em áreas comuns de prédios, por exemplo, poupam energia de horas e horas com as lâmpadas ligadas, além da praticidade de não precisar procurar o interruptor no escuro.
Esses sensores também são ótimas opções para garagens, facilitando para os motoristas que precisam enxergar em lugares que muitas vezes não são iluminados pelos faróis.
Portões automáticos que dispensam a presença de um porteiro e trazem o conforto de não precisar sair do carro para abrir o portão, nem carregar uma chave, no caso de fechaduras que reconhecem o rosto ou as digitais. E por aí vai, desde controlar a abertura e o fechamento de janelas para evitar que a casa fique muito quente até automatizar o horário em que a máquina de pão faz a massa: tudo isso traz comodidade e economia.
Além do mais, simplificar as tarefas domésticas poupa um tempo que pode ser usado de outras formas, como ficar com a família, trabalhar ou fazer atividades que não podem ser automatizadas.
A economia em longo prazo é um diferencial se os moradores pretendem vender a casa no futuro. Recursos como esses aumentam o valor de marcado de um imóvel, mesmo que ele seja mais antigo ou esteja em uma área afastada da cidade.
A automação de tarefas no lar
Muitas famílias começam a automatizar suas residências como uma medida de segurança, monitorando as câmeras de onde estiverem. Isso é especialmente útil para quem tem crianças pequenas ou idosos em casa e quer supervisionar o trabalho de babás e cuidadores.
Depois, passam a usar outras formas simples de automação que já são bem mais popularizadas, como irrigação ou acendimento das luzes em corredores e áreas comuns com sensores de presença.
Partindo desses pontos de entrada para a tecnologia, é possível implementar muitas outras funções na casa visando segurança, praticidade, conforto e sustentabilidade.
SEGURANÇA
É um dos motivos mais populares para as pessoas começarem a utilizar essa tecnologia. A procura é cada vez maior por itens de segurança, como fechaduras que só abrem com reconhecimento facial ou digital de pessoas cadastradas. Assim, elimina-se a preocupação de dar uma chave para cada morador e a possibilidade de ela ser roubada ou perdida.
É possível transmitir a filmagem de câmeras de segurança por sistemas integrados com a internet, que permitem monitorar a parte externa da casa a partir de qualquer lugar do mundo.
Essa tecnologia é ótima se usada nas áreas comuns de prédios ou condomínios. A abertura e o fechamento dos portões podem ser automatizados e realizados com o uso de senhas, além de controlar o horário em que cada pessoa passa por ali.
Para portas que apresentam um controle remoto, é possível acrescentar um botão específico para abrir o portão e acionar a polícia em caso de roubo. É um pedido de socorro discreto e que pode mudar a forma de abordar uma situação perigosa.
TAREFAS SIMPLES DO DIA A DIA
Jardins podem ser regados com sistemas automáticos de irrigação, a iluminação com sensores de presença ajuda a economizar energia e facilita a vida dos moradores, que não precisam acender e apagar manualmente as luzes. Essa tecnologia já é bastante usada nas áreas comuns de prédios.
Outras pequenas tarefas do cotidiano podem ser automatizadas sem muito problema, como a diminuição do som em salões de festa depois de determinado horário.
Ligar o ar-condicionado e iniciar eletrodomésticos (como cafeteiras e máquinas de fazer pão ou arroz) são providências que garantem que o ambiente esteja confortável e a comida pronta quando o morador chegar em casa.
Em sua maioria, as máquinas podem ser programadas para executar suas funções em uma hora específica. Esse sistema não é complexo e costuma agilizar algumas tarefas recorrentes, como lavar roupas e louças.
CRIAR CENÁRIOS
A automação também é usada para gerar o que os profissionais chamam de “cenário”.
É um conjunto de características do ambiente que podem ser programadasao mesmo tempo — por exemplo: abrir as cortinas, apagar luzes e ligar o ar-condicionado. Tudo isso apertando apenas um botão no smartphone! Basta que os moradores baixem o aplicativo desenvolvido pela empresa que fizer a instalação.
É uma combinação de funções automáticas que, juntas, formam um ambiente aconchegante, romântico ou divertido. A cor das luzes também pode mudar de um tom mais amarelado pela manhã para um azulado calmante com o passar do dia.
ELETRODOMÉSTICOS INTELIGENTES
Transformar os eletrodomésticos em “inteligentes” não é uma tarefa que exige quebrar as paredes da casa toda. É possível instalar aparelhos wireless que resolvem a automação usando apenas internet.
Já existem eletrodomésticos inteligentes e aplicativos que auxiliam o usuário em várias atividades. Por exemplo, geladeiras que fazem sua lista de compras com base no que foi consumido durante o mês, e que também são capazes de sugerir receitas com os alimentos disponíveis.
Já pensou em robôs que aspiram a casa sozinhos, escaneando o espaço e se especializando por machine learning? Eles também podem ser comandados por controle remoto e são uma grande ajuda para pessoas que precisam realizar diferentes tarefas domésticas em um curto período de tempo.
SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS
O projeto pode ser feito a partir do conceito de passive design, que considera o ambiente ao redor na hora de pensar a edificação. Assim, é possível usar o máximo da luz solar para aquecer e iluminar os cômodos. Dependendo da região, o esforço é para prevenir o calor muito forte, construindo uma casa tão fresca quanto possível. Isso reduz o uso de ar-condicionado e, por consequência, poupa energia.
Reutilizar a água da chuva também gera economia. Filtrá-la e reutilizá-la de forma sustentável para lavar, dar descarga e irrigar o jardim já diminui o consumo de água e o valor da conta no final do mês. Ela só não é própria para beber, cozinhar e lavar louça.
Dependendo da captação e do tratamento da água, é possível torná-la própria para o consumo. Porém, esse recurso requer um investimento maior. Se a casa estiver em um lugar onde chove muito, é possível utilizar praticamente só a água da chuva. E, em regiões mais áridas, ela pode ser armazenada para períodos de seca.
Os telhados podem receber painéis solares. Em alguns países, as casas produzem tanta energia que podem vendê-la para companhias elétricas.
Também já é possível combater um dos maiores gastos de energia elétrica de uma residência: o chuveiro. Modelos mais tecnológicos indicam quando o banho já está durando mais do que deveria, conscientizando os moradores.
A geração Millennial e a demanda pela automação
Se antes o perfil de consumidores era majoritariamente composto por homens mais velhos e bem-sucedidos que tinham interesse na área, hoje é comum que jovens procurem por serviços de automação.
Pessoas que foram morar sozinhas ou são recém-casadas têm buscado bastante por essa comodidade. Elas apreciam as facilidades que a automação pode trazer para o dia a dia, e querem ficar livres para se preocupar com o que realmente importa.
Como essa geração nasceu e cresceu presenciando as revoluções causadas pela internet, é natural que pessoas nessa faixa etária estejam mais abertas para as oportunidades que a tecnologia pode trazer. Para elas, a discussão em torno da responsabilidade com o meio ambiente também é essencial. Portanto, o uso de recursos que colaborem com a preservação da natureza tende a ter um peso maior na hora da escolha, principalmente ao aliar tecnologia, economia e sustentabilidade — tudo em uma única solução para a casa.
Todas as soluções de tecnologia e sustentabilidade que mencionamos aqui já existem há algum tempo, só precisam ser incorporadas nos projetos de maneira inteligente. Elas oferecem muitas vantagens tanto para os usuários quanto para a preservação do planeta.
Apesar de uma casa com recursos sustentáveis custar em média 40% a mais, no longo prazo ela acaba “se pagando” ao produzir energia limpa para ser usada na residência.
Fonte: Blog Archtrends